domingo, 1 de agosto de 2010

Serra do Cume














Subi à Serra do Cume em bicicleta. Para lá levei-a quase sempre à mão, é uma subida íngreme e estou pouco habituado a pedalar. O trajecto é muito bonito: as hortênsias ainda estão em flor. Os tufos bordejam a velha estrada de Angra, vê-se o Pico Alto, o ponto mais alto da ilha Terceira, a pista do aeroporto, a praia da Vitória e os campos de erva (serrados como são chamados aqui) onde pastam inúmeras manadas. Lá em cima nos 545 metros de altitude tem-se uma vista deslumbrante sobre o Vale da Achada, uma das paisagens mais incríveis dos açores e do País – de tirar o fôlego. Campos geometricamente retalhados que se estendem por centenas de hectares entre as serras da Ribeirinha, Cume e Pico alto, a perderem-se até ao mar. Uma mistura de tons de verde, azul do mar e nuvens. Deslumbrante!

No miradouro encontra-se Um casal de holandeses que vai dizendo orgulhosamente a uns emigrantes Terceirenses na América:

- All those cows are Dutch, Holstein-frisian, Very good for milk – apontando para as manadas que se vêem a pastar no vale.

Ao fundo os ilhéus das Cabras, com o céu limpo que está vê-se a ponta do topo da ilha de São Jorge e a Ponta da Piedade no Pico.

Do outro lado da Serra, virado a nascente a panorâmica sobre a Praia da Vitória, novamente os serrados retalhados, separados por tufos de hortênsias e a cidade encostada ao mar com o seu porto militar e comercial, o mais importante da ilha. Um milhafre plana sobre os campos à procura de presas.

O regresso foi bastante mais fácil, sempre a descer, só tive que travar e ficar com formigueiro nos braços devido à trepidação dos paralelos. Vinte minutos no regresso e hora e meia a subir.

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