sexta-feira, 27 de maio de 2011

Bilhete para Pyongyang














O Fundador da Hyunday nasceu na Coreia do Norte. O homem mais rico do país resolveu ajudar a sua Coreia natal organizando visitas turisticas. Em 1988 começaram as visitas, os turistas podiam chegar ao Norte entrando pelo sul. Estavam  contudo sujeitos a um controlo e regras muito apertadas: recolher obrigatório, acesso restrito aos locais, presença constante de um guia Norte Coreano junto de cada turista. Em 1998 uma jovem Italiana quebra o recolher obrigatório, levanta-se de manhãzinha cedo e passeia na praia antes da hora permitida. Os soldados Norte - Coreanos dispararam imediatamente sobre ela, assassinado-a. A partir dessa data deixou de ser possivel entrar no norte através da Coreia do Sul.

Os únicos estrangeiros que agora entram na Coreia do Norte fazem-no pela China ou pela Rússia. Descrevem um povo deambulando como zombies, um país triste e cinzento.

Só  um número restrito de Sul Coreanos com família no Norte é permitido entrar no país, três dias por ano apenas. Os encontros familiares realizam-se sempre no Norte. Os lideres receiam que o contacto com o Sul seja prejudicial.

O Norte construiu casas bizarras e opulentas ao longo da fronteira como propaganda ao seu estilo de vida Comunista. Ninguém vive nelas.

Na zona desmilitarizada, uma linha situada ao longo do paralelo 38, os soldados dos dois lados vigiam-se mutuamente. Cada país escolhe os mais bonitos para ali estar. Fazem competição entre eles dos mais elegantes, bonitos e altos. A guia Sul Coreana diz com  desdém que a média da altura na Coreia do Norte é de apenas 1, 57 m.

Os soldados olham-se de frente a poucos metros de distância, não podem rir, conversar, mostrar qualquer sentimento ao inimigo, excepto desprezo talvez. Usam óculos escuros para não denúnciar  inseguranca, evitar a comunicação e o contacto visual entre ambos.

Os dois países colocaram as suas bandeiras frente a frente. A Coreia do Norte colocou uma bandeira mais alta do que a Coreia do Sul, esta ripostou com uma bandeira uns metros mais alta, ao que a Coreia do Norte respondeu com outra mais alta ainda. E assim sucessivamente até que a Coreia do Sul desistiu. Hoje a Coreia do Norte tem a bandeira mais alta do mundo e um recorde no Guinness Book.

Há uma zona industrial na Coreia do Norte cujos administradores são do Sul. Estes estão proibidos de comunicar com os operários que são todos do Norte. Existem mensageiros responsáveis por transmitir todas as informaçoes necessárias entre ambos.

As montanhas do Norte têm menos árvores do que as do Sul. Há menos energia e os habitantes têm que as cortar para aquecimento e combustivel caseiro. O governo também as derruba para que os possíveis desertores e espiões infiltrados não se possam esconder, excepto as existentes nas margens do rio Hajinim, que atravessa uma parte da zona desmilitarizada, para camuflar tanques e armas de ataque contra a Coreia do Sul.


A Guerra da Coreia começou em 1950, foi interrompida em 1953 e oficialmente ainda não terminou.

Foram descobertos quatro túneis escavados desde o Norte para invadir o Sul. De acordo com um engenheiro desertor que fugiu para o sul e planeou alguns túneis, existem ainda mais túneis por descobrir.

Ao redor da zona desmilitarizada existem  minas terrestres que ficaram da guerra: ainda só foram desactivadas trinta por cento.

Existe uma estação de Combóio à entrada da zona desmilitarizada. Tem seis ligações diárias com Seoul e pouquíssimos passageiros, apenas os soldados e os habitantes de uma aldeia próxima. No balcão carimbam simbolicamente os bilhetes para Pyongyang, capital da Coreia do Norte, enquanto se espera pela reunificação.















mapa da zona desmilitarizada

Soldados Sul-Coreanos


Espreitando a Coreia do Norte

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