segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Diário em Bicicleta

Na estação de Campanhã entra o mesmo indivíduo, com ar de arrumador de automóveis, com quem falei há uns meses atrás, na única vez que transportei a bicicleta no metro. Volto a encontra-lo nesta segunda vez. Encosta a bicicleta à minha e começa-me a explicar como é que se deve fazer quando se anda com a bicicleta no metro.
Saio no mercado de Matosinhos e pedalo até Labruge, Vila do Conde, sempre junto à costa. Às vezes transgredindo a sinalização, pedalando no passadiço destinado exclusivamente a peões. Em Vila do Conde o passadiço é para uso de ambos.
Em Leça da Palmeira recordo no monumento a António Nobre a peça de teatro “As noites de Anto” de Mário Cláudio, sobre a vida do poeta, que li há uns anos atrás e que gostei bastante.
Nas piscinas de maré de Leça fico desiludido. Não têm nada de especial. Há pessoal que visita o Porto e vem aqui propositadamente ver esta obra de Siza Vieira. Acho mais piada à casa de chá da Boa Nova, uns metros mais à frente. O desenho da frente marítima de Leça também é seu. A casa do chá e as piscinas já são dos anos sessenta e o arquiteto continua a trabalhar. 

Tempo sombrio. Vento frio de frente. Cheiro a petróleo junto à refinaria da Galp. No regresso, umas pinguinhas de chuva começam a ameaçar aguaceiros mais fortes, reparo que não estou minimamente preparado para andar a pedalar à chuva. Apanho o metro em Brito Capelo e regresso a casa.
Monumento a António Nobre, Leça da Palmeira

Capela da Boa Nova

Obelisco da Memória, que comemora o desembarque das tropas liberais de D. Pedro IV nesta praia, em 1832. 


Ponte sobre o rio Onda, que separa os concelhos de Vila do Conde e Matosinhos


Praia em Labruge

A costa em Labruge é menos urbanizada, apanham-se uns troços um pouco mais naturais. 

A refinaria da Galp


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