O burro Mirandês é a única espécie autóctone de Portugal e encontra-se em vias de extinção. Antigamente era muito usado nos trabalhos agrícolas como animal de carga e tracção. Com o abandono dos campos e a desertificação da região, tornou-se desnecessário e entrou em vias de extinção: «Ainda se vêem uns velhotes com mais de sessenta anos a caminho das feiras, montados nos burricos, com os alforges cheios para vender toucinhos e produtos artesanais», diz-me um elemento da Associação para o Estudo e Protecção do Gado Asinino (AEPGA)
É malta que veio de Miranda do Douro, a 80 Km daqui. Trouxeram quatro burros numa carrinha e participam nas Festas do Entrudo Chocalheiro, levando a passear as crianças e os adultos, montados nos burros até à albufeira do Azibo. Existem três centros de recuperação dos animais no concelho de Miranda do Douro.
O pessoal da associação é malta urbana, a maior parte deles nasceu fora de Miranda e procura uma forma alternativa de vida, mais natural e essencial. É gente nova, idealista e empenhada na recuperação dos burros: um sinal de esperança para o futuro destas terras.
O pessoal da associação é malta urbana, a maior parte deles nasceu fora de Miranda e procura uma forma alternativa de vida, mais natural e essencial. É gente nova, idealista e empenhada na recuperação dos burros: um sinal de esperança para o futuro destas terras.
Os burros começam a ser usados em passeios turísticos pela região e em asinoterapia: «São muito bons para as crianças», também são vendidos a quem estiver interessado na sua preservação e em ter um burro por companhia. São muito sociáveis e criam laços afectivos muito fortes uns com os outros:
«Uma vez um deles ficou sozinho porque o outro burro foi vendido. Deixou de comer, emagreceu e andou muito triste. Demos-lhe medicamentos, foi consultado pelo veterinário várias vezes, mas nada. Até que lhe arranjámos outro burro para fazer companhia, começou a animar e agora já roça o pescoço no outro». Portanto, são animais que podem ficar muito tristes e deprimidos se lhes retiram um companheiro, mas também podem ser muito esquisitos entre eles. Há burros que não vão com a cara, neste caso com o focinho, uns dos outros, sabe-se lá porquê e evitam-se.
Actualmente há dezassete burras prenhas nos centros de recuperação, o que é muito bom.
«Uma vez um deles ficou sozinho porque o outro burro foi vendido. Deixou de comer, emagreceu e andou muito triste. Demos-lhe medicamentos, foi consultado pelo veterinário várias vezes, mas nada. Até que lhe arranjámos outro burro para fazer companhia, começou a animar e agora já roça o pescoço no outro». Portanto, são animais que podem ficar muito tristes e deprimidos se lhes retiram um companheiro, mas também podem ser muito esquisitos entre eles. Há burros que não vão com a cara, neste caso com o focinho, uns dos outros, sabe-se lá porquê e evitam-se.
Actualmente há dezassete burras prenhas nos centros de recuperação, o que é muito bom.
Algumas características fisionómicas que os distinguem das outras raças são o pêlo mais comprido e grosso, a mancha branca na boca e no nariz e a altura acima da média.
Para obter mais informações sobre a AEPGA, clique aqui.
O passeio desenrolou-se calmamente desde a Casa do Careto em Podence, onde uma placa indica o início do Trilho. Passa-se pelo centro da aldeia e depois atravessa-se um pequeno viaduto de cimento sobre o IP4 e entra-se em caminhos rurais de terra batida, bem delineados, que nos levam até à Praia Fluvial da Ribeira, na albufeira do Azibo, sempre visível desde o início do percurso. Este trajecto é plano, fácil de realizar e com 4,1 Km de extensão.
Para saber mais detalhes sobre os percursos pedestres no Concelho de Macedo de Cavaleiros, clique aqui.
Pormenor da albufeira do Azibo |
Uma parte do trilho |
Sempre com a água da albufeira visível |
Praia da Ribeira (Azibo) |
Apresento-vos um Burro de Miranda |
Mais trilho |
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