sábado, 5 de novembro de 2011

Caminhos do Sol Nascente (PR3 de Arouca)














Realizei o PR 3 de Arouca no sentido Moldes, Friães, Fuste, Bustelo. Já tinha realizado este percurso há quatro anos atrás no sentido inverso. As marcações estão em óptimo estado e a ponte que posteriormente ruiu,  junto de Vila Cova, já está recuperada, sendo possível atravessar o ribeiro.

Na aldeia de Fuste, o PR3 de Arouca cruza-se com o início do PR8, Na Rota do Ouro Negro, percurso linear que segue até Rio de Frades. Para algum pedestrianista mais ousado que um dia queira juntar uma parte deste PR3 com o PR8, fica aqui a sugestão de que é possível fazê-lo a partir de Fuste.

A única situação que gerou algum desnorte foi após a aldeia de Espinheiro, junto a um ribeiro com umas “alminhas” na margem, antes de Adaúfe. Não havia sinal com indicações por onde seguir. Instintivamente segui em frente até Adaúfe, voltei atrás à procura da sinalização, segui novamente até Adaúfe sem encontrar sinal. Uma senhora da aldeia informou-me que junto das “Alminhas” deveria ter virado à direita e caminhado ao longo do ribeiro até Bustelo. Regressei novamente para trás, segui as indicações da senhora e, de facto, nesse caminho, os sinais voltaram a aparecer.

Quem fizer este trajecto no mesmo sentido (Moldes, Friães, Fuste, Bustelo), deverá ter em atenção este DETALHE MUITO IMPORTANTE:  depois de passar na aldeia de Espinheiro na direcção de Bustelo, uns 2 Km mais adiante, deve virar à direita após  o ribeiro com umas “Alminhas”, mesmo antes de Adaúfe.  
Foi um trajecto bonito, com muita sombra (embora nesta altura do ano não faça diferença este aspecto), água, ribeiros, pequenas cascatas, moinhos abandonados. Muitos castanheiros com fruto. Em certos troços a terra estava pejada de ouriços,  sendo possível recolher muitas castanhas.

Nos pontos mais altos do percurso observei os contrafortes da Serra de Montemuro, banhados em tons de cinzento pelas nuvens escuras que ameaçavam chuva e por fimbrias de sol. Uma beleza austera e imponente. Gritei para ouvir o meu eco.
Espinheiro é uma aldeia com casas tradicionais recuperadas e um Restaurante Típico, Casa no Campo, com uma vista soberba para o Vale de Moldes e a Serra de Montemuro. A ideia de parar aqui, almoçar e seguir a caminhada é muito apetecível.

Quando passo no centro de Arouca (fica a caminho de Moldes, para quem vem do litoral), compro o Tradicional Pão de Ló. É mais barato comprá-lo aqui do que no El Corte Inglês de Gaia. Paro no café Arouquense, mesmo ao lado do Mosteiro, compro o pão e fruo um pouco do ambiente deste café tradicional.

A população de Arouca anda em pé de guerra com a Câmara Municipal devido ao plano de rebaixamento da Praça Brandão Vasconcelos e deslocamento do chafariz tradicional para um dos cantos da nova praça, em forma de anfiteatro. A configuração da actual praça tem mais de 100 anos.

Por que motivo o presidente da Câmara quer modificar algo que foi construído pelos antepassados Arouquenses e faz parte da imagem de marca do centro da Vila?

O povo indignou-se e com razão. Estas decisões súbitas de fazer alterações em centros históricos com uma beleza e identidade arquitectónicas fortes, sem consultar as respectivas populações, são irresponsáveis.

Fico contente que em Arouca as pessoas protestem contra esta decisão e torço para que vençam.



Quantas histórias terá para contar uma casa como esta?


Casa Assombrada?

Açafrão, Sim ou Não?


Ramadas

Igreja de Santa catarina, Fuste




Local onde se vira à direita, 2 Km após Espinheiro,  em direcção a Bustelo. Não vi sinalização neste ponto a indicar o desvio, contudo é isso que deve ser feito. Segue-se com o ribeiro à nossa direita e uns 150 metros mais à frente volta a aparecer a sinalização.




Igreja de Moldes

Sem comentários: