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O alaudista Fernando Reyes, fundador do Ensemble Resonet, apresenta
a origem, contexto musical e histórico
dos temas tocados. O nome do apóstolo nas diversas línguas europeias, Giacomo, Jaques,
James, Tiago, deriva da raiz comum: Xaco,
Jaco, Yago, originando o termo “Chaconas”: as Cantigas de Santiago.
Levadas pelos peregrinos aos respetivos países, adquiriram
caráter sagrado e litúrgico. Representadas em cerimónias religiosas e profanas, improvisadas
nos convívios e celebrações espontâneas dos peregrinos que se encontravam no
caminho. Tematicamente diversas, o Ensemble agrupou-as
em cinco séries: A Canção do Bom Camiño; A Canção da Boa Vida; A Canção do Amor
e da Morte; A Canção do Paraíso; A Canção de Santiago.
Grandes compositores europeus do renascimento compuseram Chaconas, baseando-se nos seus ritmos e
melodias características. Ouviram-se
temas de Cláudio Monteverdi e de outros autores menos famosos. Destaco a Canção do Amor e da Morte,
da autoria de Robert de Visée, 1699, cantada na língua original, o Francês, pela soprano Mercedes Hernandéz. Entendi partes
da letra: falava do amor absoluto e incondicional, de paixões trágicas
marcadas pela morte. Foi o momento mais
arrebatador. Pesquisei no Youtube e o mais parecido que encontrei foi este instrumental. Não me atrevi a fazer a gravação durante o
concerto.
Concerto de abertura do 30.º Festival Internacional de Música de Gaia, de entrada gratuita. Realizado no majestoso cenário da nave do mosteiro de Grijó, perante um público que não a encheu. Cerimónia bem diferente das missas habituais realizadas na nave, elevando a mente e o espírito a níveis próximos do divino, alcançando o que as epístolas não conseguem.
Fotografias
retiradas do Facebook do FIMG (Aqui)
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