O Couto Mineiro de Castelo de
Paiva abrange as localidades de Pedorido, Folgoso e Pejão.
A extração do carvão começou no
século XIX, nas encostas da serra de São Domingos. Transportado em vagões até à central termoelétrica, passando a Ponte Velha do fim do século XIX.
O carvão desvalorizou nos anos oitenta, a extração deixou de compensar e as minas encerraram. Os carris e os vagões desapareceram.
É possível trilhar os velhos caminhos,
uni-los ao trajeto dos peregrinos
da romaria de São
Domingos e caminhar pela margem do rio Douro, pelo passadiço que a câmara de Castelo de Paiva está a construir. Atualmente
são 600 metros. Os restantes quilómetros são veredas estreitas em piso de terra e rocha até à zona de lazer do Choupal, na foz do rio Arda. Aproximadamente 12
quilómetros de um percurso diversificado.
Na ermida de São Domingos tem-se uma vista muito
desafogada: a poente, o Porto – distingue-se a torre da loja do Cidadão - Vila Nova de Gaia e o atlântico; a norte, a serra da Boneca e as eólicas; em redor, um horizonte
polvilhado de cumes, o grande meandro do rio Douro e a desembocadura do Arda. Nas encostas da serra predominam as plantações de eucaliptos. As árvores autóctones que vão resistindo são carvalhos, sobreiros vetustos, medronheiros e choupos nas
margens do rio. Nas aldeias há quintais com pomares.
Os peregrinos deparavam-se no passado com os mutilados da guerra colonial, os “aleijadinhos” que esmolavam na encosta da ermida. As barraquinhas vendiam bifanas. Uma festa popular
muito concorrida, imagino, que este ano não se realizará, por razões
conhecidas.
Voluntários da paróquia de Raiva arrancam eucaliptos com motosserra,
plantam carvalhos e arranjam o parque de merendas da ermida.