No documentário “Uma cidade em dois ou três dias” Amsterdão é a cidade das bicicletas. Um estudioso refere que sempre foram populares. Nos anos setenta houve um aumento do trânsito automóvel, muitas crianças atropeladas, tornou-se perigoso pedalar. A população saiu à rua a protestar, exigindo mais segurança e ciclovias. O processo foi revertido. Amsterdão tem atualmente 700 km de ciclovias, sem contar com as estradas do centro histórico. Pretende-se que em 2030 se torne completamente livre de automóveis.
O entrevistado diz que “Andar de bicicleta muda a forma como
vivemos”, “A bicicleta é um verdadeiro símbolo de liberdade”. Ao contrário das
compras nas grandes superfícies em que se compra para uma ou mais semanas,
enchendo o automóvel, com a bicicleta vai-se à pequena mercearia comprar o pão
do dia, os legumes, a fruta, colocando apenas o que cabe no cesto do guiador. As pessoas adquirem
a rotina de pedalar diariamente, tudo se torna mais próximo e acessível. A vida mais
tranquila e saudável.
O quão longe estamos em Portugal desse paradigma. Pelo
contrário, a tendência é para o aumento da utilização do automóvel nas cidades
e periferias. Não são necessários estudos para constatar o óbvio. Basta sair
de casa e fica-se rodeado de automóveis,
de estradas sem segurança para andar a pé ou de bicicleta. É desconfortável pedalar e caminhar.
Que inveja e que saudades tenho dessa liberdade.
Sem comentários:
Enviar um comentário