Dom Pedro Afonso foi um nobre,
dono destas terras e está sepultado em
Tarouca.
Mais detalhes sobre o senhor estão no panfleto PDF do percurso que descarreguei da internet, aqui. O principal motivo que me trouxe a Lamego foi assistir ao
Carnaval de Lazarim, deu-se a coincidência de descobrir, mesmo em frente à
entrada da Quinta do Terreiro,
o painel
com o mapa do percurso e, assim,
decidi
ir a pé até Lazarim seguindo uma parte do PR - a mais fácil - no sentido Lalim,
Ponte Românica, Lazarim, evitando
maiores subidas e desníveis de 400 metros se
fosse no sentido inverso, em direção a Melcões. O tempo estava incerto,
ameaçando muita chuva, e eu próprio não me senti seguro em meter-me pelo meio da
serra, fazendo subidas mais agressivas. A proprietária disse-me que
todo o percurso estava bem sinalizado e de facto constatei isso no troço
que fiz. A Quinta do Terreiro está a organizar caminhadas para a semana antes da
Páscoa, ligando diferentes trilhos nos concelhos de Tarouca e
Lamego. As inscrições para o evento devem estar disponíveis na internet, mas terão que vasculhar bem porque não as encontrei. Fiquei agradavelmente
surpreendido com a iniciativa de querer associar o turismo rural aos eventos de
natureza, de forma sustentável e preocupada com a preservação dos valores
naturais e tradicionais – a Quinta do Terreiro guarda vestígios
das atividades que realizava no passado nos objetos que a decoram e nas divisões, por exemplo a
adega foi transformada em bar, onde ainda se
vê o lagar
do vinho e a prensa do
bagaço.
Desejei a melhor sorte ao evento
e saí em direção a Lazarim, caminhando
nas
calmas entre os pinhais que ladeiam a
encosta do riacho que atravessa Lazarim e Lalim,
ouvindo-o rumoroso e bucólico a correr
do meu lado direito, após a ponte românica. Não
pude deixar de reparar nas bonitas flores amarelas das mimosas a crescer nas
encostas da serra, beleza traiçoeira pois tratam-se de infestantes terríveis e
altamente combustíveis.
Mas sim, foi um
trecho agradável e interessante de hora e meia, a passo lento, até Lazarim.
À hora que cheguei ainda não tinha começado o
desfile dos caretos, acompanhados pelos bombos da terra.
Nas barraquinhas, vendiam-se produtos
artesanais e senhas para o almoço na cantina da escola. Entrei no CIMI (Centro
de Interpretação da Máscara Ibérica), vi uma exposição de caretos tradicionais de
várias regiões da península Ibérica e trajes e máscaras de Lazarim. Um espaço moderno que surpreende num sítio tradicional e antigo. O Carnaval de Lazarim fica para
a entrada seguinte.
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