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Uma bicicleta numa estrada de terra e campos em redor dá sempre uma fotografia bonita. |
Pedalei ao calhas pelos circuitos do Bioria de Estarreja. O
começo foi junto à estação de comboio de Salreu. Saindo na linha 2, tem-se que atravessar a linha férrea para o outro lado pelo
passadiço aéreo. Em alternativa pode-se pedalar em direção à nacional 109 e
depois virar à esquerda, quando surgem as placas de sinalização do Bioria.
Do outro lado, a poente da linha, há uma estrada de terra
batida paralela a ela com setas de madeira indicando a direção e a distância a
que fica o começo de alguns circuitos do BioRia: O Bocage e o rio Jardim para
sul, o esteiro de Salreu e o percurso do rio Antuã para Norte. Segui em direção
ao Bocage, circuito que já conhecia. Reparei nas novidades e aparelhos ao longo
de percurso para atividades mais radicais e no BioRace chalenge.
Foi comum encontrar alguns pescadores nos esteiros. Completei rapidamente o percurso do Bocage. Creio
que nesta zona, o Bocage, o Rio Jardim e o Percurso
de Fermelã intersetam-se, junto ao açude, contudo faltam placas que indiquem
claramente qual é qual. Segui mais para sul, convencido que estava a entrar no
percurso de Fermelã, já o tinha realizado anteriormente e pareceu-me familiar
aquele troço, mas devido à falta de sinalização não tinha a certeza. Seria
interessante colocar nesta zona umas placazitas orientadoras, em bicicleta
circula-se facilmente por estes troços e julgo que num dia inteiro se conseguiriam
percorrer todos estes caminhos do Bioria, daí a necessidade de ser mais
rigoroso nestas interseções. Comecei a ouvir tiros e voltei para trás com
vontade de me dirigir ao centro de interpretação denunciar a situação: é um
sítio protegido, não é sábado, nem domingo, os dias de caça oficiais, por que
raio anda um tipo aos tiros a por em risco pessoas que só querem pedalar e
caminhar em paz em contacto com a natureza? Mas por ser Domingo ou talvez por
já passar das quatro estava fechado.
O centro de interpretação está instalado num novo edifício,
uma casa recuperada junto ao cais do esteiro. O local em geral está mais
cuidado, as margens foram melhoradas e colocadas nas proximidades mais estruturas
de apoio para práticas desportivas, algumas temporariamente talvez, para o
BioRace challenge. Segui o percurso de Salreu,
pedalei com pressa para fugir da chuva, o céu estava cada vez mais carregado. Reparei
em algumas garças-cinzentas, nunca as tinha visto assim tão próximas e mais de
uma, em contrapartida não vi tantas cegonhas-brancas como habitualmente. Uma
levantou voo do sapal e voou imponente para outro local.
Começou a chuviscar e
mais tarde a chover intensamente. Já depois de sair do comboio, apanhei uma
grande molha no regresso a casa. A partir de certa altura só havia silêncio na
estrada e chuva miudinha. Até que pedalar com chuva não foi desagradável de
todo.
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Uma das estruturas para o BioRace Challenge, percurso do Bocage |
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Uma novidade junto ao centro de interpretação |
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Percurso de Salreu |
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Percurso de Salreu, Apesar do céu sombrio via-se com muita nitidez o recorte da serra do Caramulo e das serras de Arouca. |
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Percurso do Salreu |
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O novo Centro de Interpretação |
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A estação da Salreu, vazia e silenciosa, antes da chuva. |
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