Nunca estiveste em Salvaterra do
Extremo. Um título breve no portal Sapo Viagens – Salvaterra do Extremo: a vila
raiana que conta histórias de guerra e paz – e a fotografia da placa na
estrada a indicar a direção da terra, deram-te, de imediato, vontade de a
conhecer. Não leste a notícia, bastou o título e a sugestão da história.
Já reparaste como os sítios se tornam importantes quando lês sobre eles? Existem imensos lugares maravilhosos no planeta, que não te interessam e não os queres visitar porque nunca ouviste falar neles. Se tiveres conhecimento de um evento que aconteceu, de alguém que ali vive, começas a sentir curiosidade. O segredo para viajar é estabelecer essa relação prévia, que te faz querer ver uma paisagem impressionante, dá-te o desejo de conhecer pessoas, monumentos, personalidades,
tradições, acontecimentos passados, e depois contar a história do
que viste no teu regresso a casa.
Se te dizem, sem teres
perguntado, que “ali há uma história”, estão a escolher por ti o caminho, estão
a dizer onde tens de ir. Geralmente são sítios afastados, longínquos, cidades e
países exóticos, o que acarreta vários problemas, os mais comuns: a falta de
tempo e de dinheiro. Percebendo a artimanha, inerente à vontade humana de
viajar, podes ser Tu a escolher a viagem que queres fazer e adequá-la à tua
condição pessoal. Procura histórias e encontros ao pé de casa, conta como correram, coloca novos
lugares e pessoas, do presente e do passado, na tua mente.
A tua vida tornar-se-á mais interessante
e venturosa, o quotidiano menos monótono. Podes estar em permanente viagem, estando ao pé de casa.
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