Do porto ao Rio Inha é um instantinho, pela auto-estrada e
EN222. Depois de Canedo, Santa Maria da Feira, e já dentro de freguesia da Lomba, em Gondomar - a
única do concelho na margem sul do rio Douro, surge na EN222, do lado direito, a placa que
indica “Rua do Inha”. Ao fim de uma descida íngreme estamos no rio.
As
margens são povoadas por castanheiros, nogueiras, salgueiros-negros, carvalhos-alvarinhos
e amieiros – as que resistiram à invasão de eucaliptos que cobrem a maior parte
das encostas. As aves mais comuns são a toutinegra, chapim e melro; um casal de
águias de asa-redonda sobrevoa as margens montanhosas. Caminhamos algumas
centenas de metros até ao pequeno açude, passando pelo que parecem ser os
vestígios de um moinho. Um local com algum cascalho na margem. O caminho está
atapetado com ouriços e folhas castanhas, um troço com algum bucolismo. No
regresso observamos os espigueiros da aldeia, construídos numa encosta muito
íngreme.
Mais a jusante, próximo da foz, o rio é bastante mais largo
devido à influência da barragem de Crestuma-Lever. Paramos sobre o arco em
betão da ponte de Labercos, desenhado por Edgar Cardoso, e observamos dois casais de patos-bravos na
água.
Os miúdos oferecem-se para pegar
nas enxadas e escavar dois buracos, deixando-me surpreendido com a sua atitude.
Plantam um amieiro e um salgueiro-negro, gesto simbólico nesta atividade
organizada pelo FAPAS: Cidadania e Valorização do Rio Inha.
Os prospetos entregues pelos docentes informam:
O Rio Inha nasce no lugar de Cimo de Inha, na freguesia de
Escariz, concelho de Arouca, e passa pelas freguesias de Romariz, do Vale e de
Canedo (Santa Maria da Feira), desaguando no Rio Douro.
O projeto foi proposto pelo FAPAs e apoiado pelo Fundo Ambiental.
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