A levada de pardelhas esteve, em
tempos, muito poluída. Os dejetos e vísceras dos animais mortos no matadouro iam
parar à água da ribeira. O matadouro encerrou e hoje é a sede do rancho folclórico
de Fafe; as águas foram despoluídas e o concelho orgulha-se das águas límpidas
e transparentes das suas ribeiras.
O trajeto está mal marcado, há
muito tempo que ninguém o faz. As ervas e silvas cortantes invadiram os trilhos
e o percurso original passa dentro de terrenos privados, que foram entretanto
vedados com cancelas de madeira e rede – foi necessário abrir algumas cancelas.
Noutros locais deixámos de ver os sinais de pequena rota, as ervas eram altas e
não havia nenhum trilho definido. O melhor foi seguir pela estrada de paralelos
tendo por orientação o campanário da igreja matriz de Fafe, o trilho é circular
e percorre espaços muito próximos do centro da cidade. No entanto, o ambiente
circundante é totalmente diferente do espaço citadino: rural, tranquilo, calmo,
com quintais pejados de árvores de fruta e pés de hortícolas a crescerem
frondosos, galinhas e outros animais domésticos também são comuns.
Fafe é uma vila pacata com uma
boa qualidade de vida, muitas pessoas a passear com crianças no Domingo de manhã,
outras equipadas para caminhadas; centro cultural, biblioteca municipal,
pavilhão multiusos e um parque da cidade bem desenhado, com lagos e sombras
apetecíveis. Centro limpo com vários restaurantes e as famosas Casas dos Brasileiros:
Fafenses que emigraram, fizeram fortuna no Brasil e regressaram à origem
construindo estas casas muito vistosas e investindo na terra. O Arquivo municipal
e a Casa da Cultura julgo que são exemplos desse tipo de construção.
Tanque por trás do antigo matadouro, onde começa o trilho. |
Uma espécie de maracujá muito macio. A casca também é comestível e abre-se com os dedos |
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