Esta caminhada iniciou-se no lado Espanhol do Parque Nacional da Peneda Gerês. Alguns quilómetros depois da Portela do Homem, já em território Galego, na estrada Regional de Ourense, junto a Lobios.
Foi uma caminhada improvisada, sem um trajeto previamente definido e estruturado. Havia apenas uma ideia do que se pretendia fazer, de uns amigos que conhecem relativamente bem a região.
O nosso ponto de partida foi uma ponte sobre o Rio Caldo - existem dois rios caldo, um que corre para poente, do lado Português e outro para nascente, do lado Espanhol – seguir a geira Romana até Lobios e regressar por um caminho bem delimitado, junto ao rio. Pelo meio dar um mergulho nas águas quentes de uma piscina natural e visitar a Corga da Fecha
Um caminho espetacular. Verdadeiramente diversificado, com muita história, belezas naturais, oportunidade para mergulhar em águas termais, maravilhosamente quentes, em pleno ar livre.
O trajecto teve uma parte bastante acessível mas sempre muito bonita, podendo ser realizado por uma família com crianças. Passou por ruinas romanas, marcos miliários e seguiu em parte por uma calçada Romana recuperada. Muita história para quem gosta de sentir o passado e imaginar as legiões romanas que transitavam por esta via que ligava Bracara Augusta a Astorga.
A segunda parte foi mais difícil e ingreme, acessível a alguns apenas, com um grau de dificuldade bastante elevado devido à subida da montanha, ao longo da cascata.
Depois da ingreme subida, caminhou-se ao longo de uma hora por um caminho de terra batida. Mas eis que surgiu uma outra dificuldade: o regresso pela geira Romana revelou-se bastante mais difícil do que eu imaginava. A parte final do trajecto estava empapa de lama e de erva molhada, que em algumas partes formava autênticos charcos. Haviam também muitas silvas que me deixaram com alguns arranhões.
Por último, um contratempo imprevisto, a tarde ia já bastante avançada e começava a haver pouca luz. A parte final foi uma corrida contra o tempo para terminar de dia a caminhada. Conseguimos chegar aos carros com alguma luz ainda. Se tivéssemos demorado mais dez minutos teria sido bastante mais complicado.
Uma grande caminhada. Muito divertida, animada, com alguns imprevistos, surpresas agradáveis e belezas naturais de encher os olhos. Excelente maneira de abrir o apetite para a consoada de Natal e terminar em grande o ano de 2012 no que respeita a caminhadas.
A todos os meus amigos desejo um feliz Natal e votos de um 2013 com muita saúde e alegria. Para os que apreciam a natureza e têm a oportunidade de fazer caminhadas, que estas sejam divertidas, agradáveis e surpreendentes.
Início do caminho, junto dos marcos miliários. |
Painel interpretativo no início do percurso |
Calçada Romana recuperada |
Uma égua selvagem que se cruzou connosco. Esta era muito dócil, por sinal. |
A égua com uma outra mais bravia e fugidia. A mais escura estava prenha, talvez por isso não tenha aceitado as nossas
festinhas.
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Uma poça de água na base da cascata, bastante apetecível não fosse o tempo frio e o caudal demasiado forte
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No regresso ao caminho, fomos ao longo do rio Caldo até uma pequena ponte de cimento, da qual se observa este moinho. |
Mais perspectivas sobre o rio Caldo, visto da ponte
Marco a sinalizar o caminho |
Mais perspectivas: um prado e o caminho |
Liquene |
Piscina natural de água quente.
A água brota do interior da terra, existindo aqui várias nascentes de água quente. A temperatura estava bastante elevada, em algumas zonas da piscina quase que escaldava, sendo um pouco difícil de entrar.
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O regresso á água quente para mais uns minutos de relaxamento.
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Depois do banho, o regresso ao longo do rio caldo por um trajecto bastante aprazível, com muitos carvalhos, alguns ribeiros que desaguam no rio e um pequeno açude. Parte plana muito propícia a um passeio agradável com crianças.
Novamente uma pasagem pela cascata, desta vez para subir a montanha ao longo da queda. Uma parte muito ingreme e dura, mas com panorâmicas muito bonitas da serra e Lobios.
A lua a começar a aparecer, aproximava-se a noite e ainda tinhamos uma parte dura pela frente. |